


Porque usar uma metologia
estruturada para tomar decisões?

Resumidamente, temos duas maneiras de tomar as decisões:
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1. Com base em dados, e muitas vezes usamos a intuição – Esta é uma maneira que dizemos ser DESCRITIVA – como tomamos as decisões.
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2. Com base em técnicas e procedimentos para avaliar e selecionar alternativas consistentes com os interesses dos decisores e dada as informações disponíveis do tomador de decisão, incluindo os dados – Está uma maneira que dizemos ser PRESCRITIVA – Como deveríamos tomar as decisões.
Na prática, estes dois caminhos estão entrelaçados e são complementares, à medida que as deficiências na FORMA DESCRITIVA sejam identificadas pelo Decisor, indicando aspectos da tomada de decisão onde as técnicas e procedimentos prescritivos sejam mais úteis.
Mas, por que nos agarramos somente à primeira opção?
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Nós naturalmente desejamos tomar a melhor decisão possível, desde que o processo de decisão não seja muito complicado, demorado ou custoso.
Infelizmente, para praticamente todas as nossas decisões pessoais, seguir os conselhos prescritivos para orientar a nossa decisão é muito demorado e complicado, e a maioria de nós não tem o conhecimento necessário para realizar uma avaliação detalhada das alternativas.
Assim, quase todas as decisões pessoais são tomadas de forma intuitiva ou utilizando processos de pensamento desenvolvidos por conta própria, em vez de uma avaliação prescritiva sistemática.
E, COMO TOMAMOS DECISÕES NOS NEGÓCIOS?
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No campo dos negócios, a grande maioria das decisões empresariais também é tomada sem o benefício de uma avaliação prescritiva sistemática das alternativas. Se pararmos para analisar as nossas decisões já tomadas ou o que estamos a tomar agora, raramente usamos um procedimento estruturado para a tomada de decisão.
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Tomamos decisões frequentemente com base em nossas experiências, em nossa intuição, às vezes sem pensar nas reais razões. Usamos frequentemene heurísticas e caminhos simples para tomada decisões, às vezes complexas. E dificilmente usamos uma análise de trade-offs ou ponderamos vantagens e desvantagens entre as várias opções que temos.
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Como consequência, podemos ter vários vieses em nossas tomada de decisões:
​1. Viés da disponibilidade: Tendenciamos a confiar mais em informações que estão facilmente disponíveis na memória.
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2. Viés dos custos irrecuperáveis: Tomamos uma decisão com base no que já foi gasto, em vez de considerar apenas os custos e benefícios futuros.
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3. Viés de confirmação: Tendenciamos a buscar ou interpretar informações de maneira que confirme as nossas crenças ou hipóteses pré-existentes, ignorando evidências contrárias.
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4. Agir por impulso, o que aumenta as chances de falhas nas nossas decisões.
E se falarmos de decisões complexas e estratégicas, as dificuldades se emergem. Por exemplo: Você já se deparou com algum tipo de decisão abaixo?
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- Decisões sequenciais (e com risco), em que vários eventos podem se manifestar com intensidades e em momentos distintos. Apenas um exemplo bem simplificado: “abrir uma nova operação em lugares diferentes, dado que os custos de implantação são atraentes, mas com diferentes projeções da demanda. Porém, com ações de marketing pode ser que a demanda seja alta em determinados lugares. Como estimar estas demandas, de maneira simples e funcional? Que técnicas podemos usar?
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- Decisões sob incerteza, em que o valor monetário pode não ser o principal diante da utilidade das escolhas? Como determinar/lidar com aspectos qualitativos/intangíveis nesta decisão? Como medir a aversão ao risco do decisor?
- Decisões com várias alternativas e vários fatores a serem considerados na decisão, sendo estes fatores qualitativos (reputação, colaboração, qualidade, etc); fatores que são dificilmente mensuráveis. Como equiparar um fator quantitativo com um qualitativo. Exemplo: “Custo” com “reputação”?
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- Decisões em grupo: vários stakeholders, de várias áreas, desejam determinar qual budget necessário para um melhor desenvolvimento do negócio/portfólio de projetos, mediante risco, custos e benefícios. Como fazer esta análise de portfólio?
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Estes, entre outros, são diversos problemas que dificilmente usamos um procedimento estruturado para a tomada de decisão na prática. Tendemos a trabalhar com dados passados (com ou sem apoio da IA) e usamos a intuição para tomar uma decisão final. Pouco usamos procedimentos (estruturados) de análise em conjunto com o tomador de decisão.
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Além disso, tendenciamos a focar nos custos, pouca atenção damos, às vezes, aos benefícios e aos riscos. Isto porque, talvez, não estruturamos bem o problema ou porque não identificamos os valores em nossas decisões, ou porque as escolhas não foram bem exploradas.
Portanto, procure combinar a FORMA PRESCRITIVA (como você normalmente toma as decisões) as TÉCNICAS E PROCEDIMENTOS PRESCRITIVOS, de forma a estruturar melhor a decisão e buscar soluções mais assertivas para os seus negócios.
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